Hoje é o aniversário oficial de “ORA”, o primeiro projeto de estúdio oficial lançado por Rita Ora. No dia 27 de Agosto de 2012 a cantora lançava o seu aguardado disco de estreia, após ter conseguido emplacar três singles consecutivos no topo da parada de singles do Reino Unido, um feito até então inédito. Desde então, a carreira de Rita Ora decolou em vários sentidos, posicionando ela como uma grande celebridade global, exceto que, por uma série de conflitos com a sua antiga gravadora, sua carreira musical ficou estagnada.

Resolvemos fazer este pequeno post especial para celebrar o aniversário deste ótimo disco pop lançado em 2012, relembrando fatos, citando curiosidades e refletindo sobre os últimos 4 anos da vida de Rita Ora. Esperamos que gostem!

Pré-álbum

Rita Ora surgiu para o grande público em 2011, com um single divulgado no final do ano e que meses depois, quando lançado oficialmente em 2012, atingiu o topo da parada de singles do Reino Unido. “Hot Right Now”, single de DJ Fresh e Rita Ora, foi a primeira canção de drum ‘n bass a atingir o topo de algum chart no mundo, um feito histórico para ambos. A excelente repercussão do single, somada à uma série de rumores sobre a “nova aposta” da Roc Nation fez com que Rita Ora fosse a mais beneficiada da história toda, com uma grande cobertura midiática e criando uma fã-base fiel ao redor do mundo. A música, que foi inclusa tanto no álbum do DJ Fresh, quanto de Rita, recentemente recebeu o certificado de platina, comprovando ainda mais o grande impacto na cultura dance underground do UK na época.

Após o sucesso, logo começaram as especulações sobre o que Rita teria guardado como suas músicas próprias. E no começo de 2012 as respostas foram solucionadas. Dois singles oficiais foram lançados, cada um com uma sonoridade diferente e que mostrou lados diferentes da mesma Rita. “R.I.P.”, uma colaboração com ninguém menos do que Tinie Tempah, um dos rappers mais requisitados e bem sucedidos do Reino Unido, e que foi composta por Drake, e os duos de produtores Stargate e Chase & Status. Sombria, impactante, a música é literalmente o polo oposto da divertida “How We Do”, uma composição da requisitadíssima Bonnie McKee.
Ambas as músicas atingiram o topo dos charts no Reino Unido, fazendo todos se perguntarem quando o álbum de Rita seria lançado.

Pós-álbum

Meses depois do estouro de seus singles, “ORA” foi lançado, estreando também no topo das paradas do Reino Unido, e pouco tempo depois o álbum ganhou o certificado platina, pelas vendas no UK. “ORA” trouxe uma variedade enorme de produtores de alto calibre. Sia, Diplo, will.i.am, Greg Kurstin, Stargate… A lista é longa e claro, o álbum tem um som pop bem definido, com influências de pop-rock e R&B em alguns momentos. Rita Ora contribuiu com algumas composições próprias no projeto, mostrando uma habilidade como compositora não vista nos singles oficiais do projeto.

Mas não foi um lançamento convencional. “ORA” foi lançado apenas em alguns territórios por sua gravadora, com algumas exceções marcantes, como por exemplo os Estados Unidos, que nunca viram um álbum de Rita Ora sendo lançado até hoje. E isso sempre motivou Rita Ora a querer lançar uma versão americana do projeto, com novas faixas. Ela começou a trabalhar nesta nova versão do álbum com nomes como Sia, Ester Dean e Dev Hynes, porém o relançamento nunca foi lançado.

Enquanto trabalhava em novas músicas, e resgatava algumas músicas que não fizeram parte da tracklist original de “ORA”, Rita Ora fez duas turnês, a “ORA Tour” e a “Radioactive Tour”, ambas percorrendo a Europa e os Estados Unidos, com algumas datas especiais em países da Oceania e no Japão e shows de abertura de Iggy Azalea. Além disso, Rita Ora se tornou cada vez mais requisitada por festivais de música europeus, tocando no Wireless, Glastonbury, BBC Radio 1’s Big Weekend, dentre muitos outros.

Além disso, Rita Ora trabalhou mais duas músicas do álbum como singles, primeiro veio “Shine Ya Light” e logo após “Radioactive”. “Roc The Life” e “Facemelt” ganharam clipes promocionais, mas não foram exatamente singles do álbum. Depois de muito trabalho e muitas sessões de estúdio com grandes nomes, Rita resolveu focar num lançamento de um segundo álbum, ao invés de continuar insistindo na era “ORA”, encerrando a era no primeiro trimestre de 2013.

Curiosidades

  • Rita Ora foi chamada por muito tempo como a “nova aposta da Roc Nation”, porém o que pouco foi veiculado na época é que ela foi uma das primeiras contratadas da Roc Nation, sendo mantida “na geladeira” por anos, fazendo apenas algumas aparições como modelo e também trabalhando como compositora para outros artistas, gravando demos para outros artistas com o duo Stargate.
  • Embora “ORA” seja o primeiro álbum lançado de Rita, ele não é o primeiro álbum gravado por ela. Em 2014 Rita revelou numa entrevista para a BBC que sua gravadora rejeitou seu primeiro álbum de estúdio. Ela disse que esses bloqueios foram muito difíceis de se lidar, e quando eles resolveram lançar alguma música dela e viram a boa recepção, rejeitaram a maior parte do material original do projeto e disseram para ela gravar várias músicas que já haviam sido descartadas por outros artistas para lançar um álbum de Rita à tempo de aproveitar a boa fase dos singles. Por isso muitos compositores revelaram que músicas como “R.I.P.”, “Shine Ya Light” e “How We Do” foram enviadas primeiramente para Rihanna, por exemplo. Mas Rita viu um ponto positivo na história toda. Segundo ela, ela aprendeu a ser paciente e que as vezes esperar um pouco acaba refletindo no sucesso futuro.
  • Rita Ora gravou colaborações com Kanye West, Frankmusik, Drake, Azealia Banks e Angel Haze para o “ORA”. Rita chegou a revelar que a música com Kanye West, bem como a balada “Fair” apresentada na Radioactive Tour estavam guardadas para o relançamento do “ORA”. As demais faixas provavelmente foram descartadas.

O que o futuro reserva

Rita Ora desde o lançamento de “ORA” teve sua carreira como modelo abraçada pelo mundo da moda. São dezenas de campanhas publicitárias, centenas de ensaios fotográficos e uma presença constante de paparazzis acomanhando cada look usado por Rita diariamente. Seu estilo fez com que ela se tornasse criadora de street wear (com a gigante Adidas Originals), lingerie (com a italiana Tezenis) e maquiagem (com a poderosa Rimmel London). Sua irmã e empresária, Elena Ora, disse certa vez que Rita Ora lançaria músicas de acordo com estes trabalhos paralelos, e isso foi o que aconteceu no começo. Tivemos os primeiros vislumbres do, agora engavetado, segundo álbum de estúdio de Rita, através de campanhas publicitárias. “A Little More” pela DKNY, “Single Most Amazing” por Roberto Cavalli… Depois o primeiro single do material, “I Will Never Let You Down”, foi promovido pelos comerciais de Rita para a Rimmel London. O comercial da primeira campanha de Rita Ora para a Adidas teve uma prévia do instrumental de “Get a Little Closer” divulgada, porém foi nessa época que Rita Ora começou a ser barrada por sua antiga gravadora e a música nunca foi lançada. Com uma nova gravadora do lado de Rita agora, é esperado que ela volte a promover massivamente suas músicas nestes “projetos paralelos”.

Vale lembrar que Rita Ora conseguiu um destaque no cinema e televisão. Após pontas em séries como “90210” e “Empire”, e filmes como “Velozes e Furiosos 6” e “Southpaw”, Rita Ora conseguiu seu primeiro grande papel no cinema como a irmã mais nova de Christian Grey na saga de filmes “Cinquenta Tons de Cinza”. E sua música para a trilha sonora do filme “Além das Luzes”, “Grateful”, composta pela lendária Diane Warren”, foi indicada ao Oscar. Também podemos esperar uma evolução maior de Rita neste departamento, com mais papeis no cinema, televisão e, quem sabe, mais trilhas sonoras.

Qual a sua música favorita no “ORA”. Diga pra gente em nosso Twitter e Facebook. E que venha o novo álbum (venha logo pelo amor de Deus, ninguém mais aguenta esperar).