Rita Ora é um furacão. Desde quando a cantora de pop britânica entrou na consciência do público em 2012 com seu álbum de estreia, “Ora” – lar dos hits “R.I.P.” e “How We Do (Party)” – a cantora de 25 anos expandiu sua carreira para incluir de tudo, da moda à televisão, ao cinema.

Sua visita aos Emirados Árabes é um exemplo de sua ética de trabalho. Além de ser o principal nome do RedFestDXB festival na Quinta, 11 de Fevereiro, no Dubai Media City Amphitheatre, Ora também apareceu na loja da Adidas no The Dubai Mall para lançar sua coleção inspirada na Ásia para a marca.

Estes desenvolvimentos vem em um momento incerto na carreira de Ora. Ela recentemente apareceu em manchetes da indústria da música após abrir um processo contra sua gravadora atual, a Roc Nation, fundada por Jay Z, pedindo para ser liberada de seu contrato. Apesar dos problemas legais, Ora afirma que seu adiadíssimo segundo álbum de estúdio chegará às prateleiras em 2016.

Leia a tradução da entrevista dela dada ao The National, maior jornal de Dubai, com exclusividade.

Suas visitas aos Emirados incluíram performances em clubes bem como festivais de música. O que você prefere?

Não gosto realmente de fazer boates. Para mim, a experiência em clubes é sobre se divertir e ficar louca. Então se eu estou performando em clubes, eu não posso estar desse jeito. Sou concentrada e profissional, mas assim que o trabalho acabar, eu saio e me divirto.

Sua performance hoje à noite marca sua segunda aparição no RedfestDXB, após ser o principal nome do evento em 2014. O que os fãs podem esperar dessa vez?

Vai ser diferente porque àquela vez, eu era menor e pura. Agora eu estou vindo com um estouro. Minha banda e dançarinos estão comigo dessa vez e nós vamos ter um bom momento. Temos mais tempo de show dessa vez, nós vamos tocar no final da tarde e vamos até o final. De uma forma, eu acho que nós finalmente atingimos um objetivo ao poder voltar aqui.

Desde aquela vez, você esteve super ocupada trabalhando com moda, cinema e televisão. Isso foi sempre parte do seu plano de carreira?

Honestamente meu plano foi simplesmente fazer música e ter um álbum lançado. Essas oportunidades cruzaram meu caminho e elas foram muito interessantes, de filmes à linhas de moda. Se qualquer um ganha esses convites, você realmente não pode os recusar. Ao mesmo tempo eu tenho sido bem seletiva sobre o que eu faço. Sabe, eu me inspiro em pessoas que fizeram negócios com o que eles fizeram. Pessoas como Jennifer Lopez são exemplos de pessoas que fazem várias coisas ao mesmo tempo, e eu não vejo nada de errado com isso. É muito admirável, na realidade.

Sua recente coleção para a Adidas tem grandes influências japonesas. Como isso aconteceu?

Lancei mais de 12 projetos com a Adidas e este é baseado em uma recente viagem para a Ásia quando eu estava em turnê. Eu fiquei obcecada com a cultura das Gueixas naquela época e isso foi a inspiração por trás disso. Estou sempre inspirada quando viajo e geralmente a moda tem se tornado uma parte muito grande da minha vida. Então se alguém me pede para fazer o design de algo eu irei trabalhar muito duro nisso.

Você apareceu como a irmã de Christian Grey, Mia, na adaptação para os cinemas do livro “Cinquenta Tons de Cinza”. Como foi essa experiência e o que você pode nos dizer do próximo filme?

Foi uma experiência incrível. Acho que o que eu posso dizer por enquanto é que nós começaremos a filmar a próxima parte em Abril e eu estou animada em ser parte de todos os três filmes. Trabalhar em um filme é uma vibe diferente. Ao invés de quando você trabalha num estúdio e se sente livre e canta o que você quiser, é mais o oposto, porque você está seguindo um roteiro. Mas eu amo fazer isso, é um ótimo reajuste. Quero fazer mais filmes e mais álbuns.

Existem notícias circulando por aí que existe uma batalha entre o The Voice UK e o The X Factor sobre você no painel de jurados. Você fez uma decisão sobre deixar o The X Factor e voltar para o The Voice?

É engraçado porque eu eu descobri sobre tudo isso aí hoje cedo. Não sei o que está acontecendo mas eu gostei, eu espero que eles continuem lutando por mim, eu não me importo nem um pouco. Eu não tomei nenhuma decisão sobre isso porque eu estou focada nas gravações do meu novo álbum e eu nem comecei a discutir nada sobre isso. Eu não deixei o X Factor, o show é que foi finalizado e nós não falamos sobre o próximo passo até o momento.

Falando sobre o novo álbum, você lançou dois singles promocionais no ano passado, “Poison” e a colaboração com Chris Brown, “Body On Me”. Como estão as gravações no geral?

Tem sido um processo realmente animador. Me sinto muito livre no estúdio e eu passei por esse processo transicional na minha vida aonde eu me sinto muito animada sobre o futuro.

É desconcertante gravar o álbum no meio desta batalha legal que está acontecendo com sua gravadora Roc Nation?

Eu realmente não quero falar sobre isso. No momento estou gravando o álbum do jeito que eu sempre faço. O estúdio é um mundo separado. É um lugar que é sagrado, acolhedor, frágil e inocente. No estúdio ninguém pode ficar no meu caminho.

Você gravou “Ora” numa relativa obscuridade. Desde então você cresceu publicamente e esteve sujeita à todos os problemas com tabloides que as celebridades tem que lidar. Você ainda está gravando o novo álbum da mesma maneira que gravou o seu disco de estréia?

Não mudei o jeito com que trabalho. No meu primeiro álbum eu era jovem, mas eu ainda tenho a mesma visão. Tudo o que eu queria era cantar e ir para a estrada e performar, e eu não me importava como tudo acontecia. Agora outras coisas aconteceram, existe uma dinâmica diferente e mais pessoas sabem o meu nome do que antes, mas eu sempre tento continuar focada.

As músicas que você lançou até o momento do novo álbum tem mais consistência do que as vibes de festa com que você é associada. É algo que nós devemos esperar quando o álbum for lançado?

Este é um álbum mais emocional, definitivamente. Passei por muita coisa e muita coisa das músicas são temperadas por emoções. Tem muita raiva, tristeza e alegria nas músicas. É uma montanha-russa emocional.

Quais são seus objetivos para o ano?

Ficaria muito feliz se eu puder lançar meu álbum e sair em turnê.

O álbum foi muito adiado até o momento. Você tem certeza de que ele será lançado esse ano?

Ah, sim, 100%. Nem que esta seja a última coisa que eu faça em vida.