Rita Ora foi entrevistada pela Vanity Fair deste mês e foi questionada sobre grandes dramas públicos que viveu em sua carreira, desde sua relação com Calvin Harris, Roc Nation e até as acusações de ser a “Becky do cabelo bom”, que é mencionada no álbum “LEMONADE” de Beyoncé. Confira a tradução abaixo:


“Este é o momento mais animador e criativo de minha vida”, diz a cantora, atriz, designer de moda e estrela da televisão Rita Ora. Mas, apesar de ter tido quatro singles em #1 em seu país natal, Reino Unido, ela nunca lançou um álbum completo nos Estados Unidos, aonde ela é talvez muito mais famosa por seu estilo provocativo e por seus supostos namorados. Agora, com um novo contrato de gravação e o papel de apresentadora do America’s Next Top Model no VH1, tudo isso está finalmente prestes a mudar. Aqui, a multitalentosa estrela fala com Lisa Robinson sobre música, trabalho duro, fofocas, romances e Prince.

LISA ROBINSON: Você assinou com a gravadora Roc Nation de Jay Z há sete anos atrás, quando você tinha 18 anos. Por que eles nunca lançaram seu álbum nos Estados Unidos, e por que você assinou um novo contrato com a Atlantic Records?

RITA ORA: Lancei meu álbum em todos os outros lugares, mas vou te dizer a verdade, a música fala por si só. Não estou culpando ninguém, só não era o momento certo. Agora é a hora de uma mudança, e eu mal posso esperar para voltar aos estúdios.

L.R.: Você ainda é amiga de Jay Z?

R.O.: Primeiramente e principalmente, Jay Z é minha inspiração e um de meus ídolos – liricamente, musicalmente e nos negócios. Sempre irei observar a ele e sua esposa todos os dias. Beyoncé foi uma das minhas maiores ídolos quando eu estava crescendo.

L.R.: Você, juntamente de outras mulheres, foram envolvidas no blá blá blá de ser a “Becky com cabelo bom” depois de Beyoncé ter lançado o Lemonade. Você postou uma foto sua no Snapchat vestindo um sutiã com estampas de limão da sua linha de roupas, e você usou um broche “Not Becky” numa after-party do Met Ball.

R.O.: Aquele [broche] foi um presente da Katy Perry. Talvez eu tenha sido a única a ser vista usando, mas haviam outras pessoas. Sobre o resto, sou indiferente, não sou a rainha das fofocas. Acho incrivelmente rude e desrespeitoso para as mulheres no geral quando elas são acusadas de algo que é basicamente contra a parte importante – a música.

L.R.: Você também foi alvo de fofocas sobre seus ex-namorados, incluindo Calvin Harris, que na época não deixou você performar “I Will Never Let You Down”, a música que ele escreveu e produziu para você.

R.O.: Ele é muito talentoso… Eu tive alguns dramas, não tive? Acho que no geral eu aprendi minha lição sobre não falar sobre relacionamentos e fofocas porque eu estive no centro delas algumas vezes e não vale a pena. E meu coração esteve partido… Apenas uma vez. Amor é incrível, mas pode também ser a coisa mais perigosa no planeta Terra. Pessoas fazem coisas doidas quando se trata de inveja e amor.

L.R.: Além de música, você trabalha sem parar: uma linha de roupas, em filmes (Nocaute, Cinquenta Tons de Cinza, Velozes e Furiosos 6), bem como uma jurada no The Voice e no The X Factor no Reino Unido e agora no America’s Next Top Model.

R.O.: Minha irmã, Elena, e eu construímos minha marca, e enquanto a parte da música possa ter sido difícil, nós nunca paramos, e nos tornamos profissionais em todo o resto. Mas a música é o meu primeiro amor, foi a primeira coisa na qual eu cheguei na indústria do entretenimento para ser feita, em primeiro lugar.

L.R.: Seus pais são do Kosovo, sua família se mudou da Inglaterra quando você tinha um ano de idade, e agora você é no momento uma embaixadora honorária do Kosovo. O que isso implica?

R.O.: Provavelmente sou uma das poucas musicas a serem bem sucedidas de meu país. As mulheres lá não tem a liberdade criativa para se expressar e de serem ouvidas. Conheci meninas, de idades variando de 10 à 30 anos, e estou trabalhando com a UNICEF para criar uma plataforma aonde estas mulheres possam se expressar.

L.R.: Você trabalhou com Prince. Como isso aconteceu?

R.O.: Ele ligou para minha empresária quando eu estava em Londres, há uns três ou quatro anos, e disse que queria me encontrar. Eu não estaria tão nervosa se fosse tipo um Príncipe Real, mas o Prince… Ele foi um dos meus melhores amigos, ele literalmente se tornou meu anjo da guarda. Fui para o Paisley Park por umas duas semanas, minha irmã foi junto, gravamos quatro faixas lá. Ele me protegeu. Ele era a melhor pessoa para se ter conselhos. Ainda me encontro olhando para os e-mails que ele me mandou.

L.R.: Você deveria imprimi-los para ter certeza de que você os salvou.